Festa Junina

Festa Junina

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Festas



FESTA JUNINA


As festas juninas estão chegando e com elas festejos e tradições de encher os olhos. Quem nunca participou de uma quadrilha no ensino fundamental, não é mesmo? Tais comemorações se remetem a santos populares como Santo Antônio, São Pedro, São Paulo e São João.  De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses durante o período colonial.
O termo quadrilha advém de “quadrille”, em francês, e veio para o Brasil graças ao interesse das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo o que vinha de fora. Com o passar do tempo, a quadrilha se popularizou e se fundiu com outras danças brasileiras; seu ritmo foi modificado, novos instrumentos foram incorporados e os passos também foram alterados. Costumeiramente encontrada no nordeste ou em regiões mais caracterizadas pela tradição caipira, a quadrilha atual tem uma estrutura teatralizada conduzida por um marcador, alguém responsável por cadenciar a dança ao dar comandos aos seus participantes. Você já deve ter ouvido frases como: “Olha a cobra”. No passado, as quadrilhas ocorriam em espaços livres, chamados de arraiais, neles barracas com comidas típicas, gincanas e simpatias animavam a festividade à luz da fogueira. As fogueiras possuem origem europeia e fazem parte da tradição pagã de celebrar o solstício de verão, favorável à colheita de grãos como o milho, por exemplo. Daí a abundância de alimentos preparados com milho nas festas juninas. É uma verdadeira fartura de canjica, pamonha, pipoca, bolo de milho e outras guloseimas. A fogueira, ainda hoje, marca as festas de São João na Europa.
Assim como outras danças tradicionais brasileiras, a quadrilha foi sistematizada e largamente difundida em igrejas, escolas, clubes e associações de bairro. Há quem classifique a prática como um ato de folclorismo exagerado e artificial no qual a cultura caipira e nordestina é caricaturada. Entre um quentão ou outro é possível afirmar que as tradições juninas têm obtido espaço no contexto urbano e reavivado o mínimo respeito pelas práticas campesinas no século XXI, o que já é um baita mérito.

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